quarta-feira, 27 de julho de 2011

Conversas com o Senhor




Nesse dia 27/06/2011, pelas 9hrs da manhã eu estudava e sentia como se um anjo do senhor estivesse me bservando, segundos depois tive a certeza, sua presença me trazia muitas alegrias. Ao perceber aquela força corri para o meu quarto e agradeci.
-senhor obrigado por me tornar um homem feliz e esperançoso, obrigado por estar me vigiando e trabalhando pra mim, não sou merecedor de tanto! Hoje irei a tua casa cantar louvores a ti, aqui está a tua palavra, em minhas mãos, se me queres falar envia um dos teus anjos e eu estarei ao teu dispor, para ouvirdes e obedecerdes.
-Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria.
Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai montado sobre os céus, pois o seu nome é SENHOR, e exultai diante dele.

Salmos 68, 4/5.

sábado, 23 de julho de 2011

A cidade dos meus olhos





Havia uma igreja ao estilo barroco, cheia de detalhes estéticos que tentavam representar a história da religião para os fieis, esses a contemplava no domingo, os “fieis” apenas a contemplava. Com ouvidos que pareciam não funcionar diante de tanta riqueza para os olhos. Na entrada, uma grande porta de madeira fazia apoio para a estátua da Virgem Maria que olhava para os visitantes com olhos tristes e convidativos.
O padre daquela paróquia trazia consigo um ar honesto, “Padre Amaro” como era chamado, e um cheiro de banho que nunca deixava suas mãos quando este fazia questão de apontar o versículo na bíblia do “fiel”, que apenas sentia o cheiro e reparava a brancura de suas unhas.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tudo aquilo o que senti.



Havia um tempo em que a vida me escondia o mundo e o mundo lhe obedecia, depois de um tempo o mundo se mostrou, e agora só restaram às sensações sentidas no começo de cada estação...
Havia um tempo em que o tempo passava mais rápido, tão rápido que hoje falo desse tempo em pouco tempo, nesse mesmo tempo as horas não existiam, a lua, as estrelas e as flores eram visíveis, dava até para tocar as borboletas que ficávamos admirando. Havia um lugar real que era meu no imaginário, porque só eu conseguia sentir todas as coisas feitas por Deus ali, sentia falta de alguém para compartilhar daquilo, mas ninguém acreditava que existia ali uma resposta para tudo, uma resposta que não dava para ouvir e sim para sentir, como um cheiro, que questionado não existia, ali aprendi a amar, e conheci o criador de tudo.


Felipe Teixeira.

domingo, 5 de setembro de 2010

Vindo.


É diferente quando você passa, fico procurando um lugar para melhor te ver, ai paro e relaxo, como um gato preguiçoso na porta de casa, observando cada detalhe que é só teu e meu ao mesmo tempo, penso que você retribui a mesma atenção, mas prefiro me fingir de "burro" pra você sobressair.
Felipe Teixeira.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Saudade


Tomei a liberdade de tocar na poesia de Vinícius de Morais para “fotografar” através das palavras uma nova realidade...
Dois dias antes do adeus: lagrimas... Fastio e falta de ar. Algo ruim na garganta...
Um dia antes do adeus, a carta.
- não deixarei que morra em mim o desejo de amar seus olhos que são lindos. Nada eu posso te dar se não esse sentimento infinito que há em mim. Não vai ser fácil te procurar sabendo que não estás. Te amo!
Se eu chegar a te perder tudo em mim estará terminado, não me esquece nesse lugar pequeno que eu tanto amo, mas aparece de volta pra mim, como a fé nos desesperados, para que eu possa descansar uns dias em ti.
Felipe Teixeira.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Esperando


Nos sentimos perdidos no meio do mundo, precisando urgentemente encontrar o caminho de outro mundo, talvez um mundo imaginário, porque lá não existem covardes e é tudo homogêneo, com exceção das qualidades especificas. Eu sei que não adianta acenar no meio de tanta gente que pisca um olho, mas uma força maior que teima em adiar nos vigia permanentemente a fim de classificar ou filtrar uma sociedade melhor, e essa é a esperança transparente de poucos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

“Milu pegou é? Ou Milu se esconde?”


Eram bons os verões na década de 90. Tínhamos uma turma, eu amava Melanie, esse sentimento me levava todas as noites à pracinha das árvores onde brincávamos até escutarmos os gritos dos nossos pais. Eu preferia “Milu se esconde”, o Milu ficava com o rosto colado na brecha do poste fechando toda visão e fazia uma contagem de 1 a 25 em voz alta enquanto todos corriam para se esconder,ao termino ele saía a procurar. Quando achava tinha que ser rápido, avançava em direção ao poste para tocá-lo enquanto gritava o nome do achado.
Nos escondíamos sempre juntos (Eu e Melanie) eu simplesmente adorava cada detalhe de nossa fuga: o silêncio da noite junto do canto dos grilos, o medo de sermos vistos e, sem contar as risadas dos meninos que vinha de algum lugar próximo. Às vezes quando o Milu estava por perto eu arrastava um pouco o chinelo no chão de terra, Melanie logo arrumava um jeito de dizer baixinho com as duas mãos em meu ouvido “ele está ai” eu fechava os olhos e me deliciava, aquele soprinho me deixava em câmera lenta, era o melhor momento, uma sensação de carinho, tudo de propósito por ela e por mim, numa tentativa de sentir tudo outra vez me fazia de cego enquanto lhe abraçava, “aonde?”, “ali oh”, o cheiro de sua saliva era como estar beijando... (O Milu nos pegava no flagra).
Felipe Teixeira.